Nos esgotos de Ptolus


Theoday, 1o de Newyear

Arthos Templar e Muradin Stonehammer tinham uma coisa em comum: não era uma carreira de larápios que aspiravam para suas vidas. Se conhecem de longa data, ambos fizeram testes para a mesma guilda de ladrões em sua juventude, mas ao perceber que a missão de roubar o livro de magias de um feiticeiro era uma armadilha tanto para eles quanto para a ví­tima em questão, deixaram de lado o submundo do crime e assumiram as vocações mais honradas. Arthos se tornou um investigador particular, aproveitando o vácuo deixado pela guarda da cidade, e Muradin atendeu ao chamado da igreja de Lothian e vestiu o manto de paladino entre os Conciliadores.

No primeiro dia do novo ano, sentados em uma mesa da taverna Ghostly Ministrel, receberam da mão de um jovem arauto de Sua Santidade Emperador Rehoboth uma cópia da proclamação em que a Igreja oferecia uma recompensa de 3 tronos para cada cauda de homem-rato entregue na fortaleza de Dalenguard. Vendo nisto uma oportunidade de ajudar a capela de St. Gustav e ao mesmo tempo conquistar nela um aliado importante, fecharam um acordo com o irmão Fabitor Thisk onde caçariam homens-rato em nome de St. Gustav para ajudá-lo a manter a capela aberta e atendendo aos mais necessitados.

Após uma breve sessão de compras na loja do rotundo anão de nome Ebbert, e uma palestra sobre os benefí­cios de se ingressar na Delver’s Guild, tomaram o caminho indicado até a entrada mais próxima dos esgotos e iniciaram sua caça.

Nos esgotos malcheirosos, após um breve encontro com uma equipe de manutenção, logo encontraram um grupo das vis criaturas escondidas sob o turvo e pastoso lí­quido que corre pelos túneis construí­dos há mais de 3 séculos. Alguns não suportaram a intensa luz alquí­mica que trouxeram da superfí­cie e trataram de fugir, mas os que permaneceram lutaram ferrenhamente na base da espada e dentadas. Muradin tratou de garantir as duas primeiras caudas para a capela.

Esgueirando-se para dentro de um complexo de cavernas escavados na própria rocha foram surpreendidos por mais um grupo de homens-rato, estes um pouco mais corajosos que os seus parceiros nos túneis. A batalha foi feroz, mas os dois companheiros resistiram bravamente ao covarde ataque com uma garrafa contendo um purulento concentrado de sujeira (graças as máscaras compradas na loja do anão). Arthos, porém, não percebeu o arame que atravessava a caverna e acionou uma armadilha que por pouco não o matou, fosse pela afiada seta ou pelo veneno que cobria sua lâmina. De qualquer forma fizeram uma retirada estratégica ao ouvir os rugidos de alguma besta-fera vindos das profundezas do ninho dos homens-rato.

A capela de St. Gustav já tem seis caudas de rato para trocar pela recompensa, mas Arthos e Muradin tem como meta colecionar pelo menos dez vezes mais e negociar algum tipo de acordo com a igreja de Lothian. Seja como for, Arthos já conseguiu investir em seu equipamento e agora treina nos fundos da casa onde mora com uma nova e bela besta comprada na loja do Litorian chamado Rastor enquanto espera o fedor da armadura retirada do corpo de um homem-rato ser amortecida pela fina chuva que cai sobre Ptolus.